quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Caminho de Encontro com a Informação



UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO ESCOLAR





Pedro Almeida Machado Filho e Aloisi Carlos de Oliveira



ATIVIDADE ESCRITA OT
 
 
Professora: Juliane Lopes dos Santos
Pólo: Irecê
Turma:II




Irecê-Bahia
03/12 / 2012

Navegar com a informação tecnológica na educação.
Começa com a inter-relação entre educação e as novas tecnologias. Que subentende explorar a tecnologia num caminhar pelo ontem e hoje nos sets que atraem o sujeito pelas áreas de conhecimento, informação, produção e amizade.
Mas, algo precisa ser levado em conta pelo sujeito: viaje, conheça, saiba, conclua, duvide, interfira, opine, entre, saia, volte a entrar e tire conclusões sensatas a respeito da sua navegação em chats, correio eletrônico, fóruns de discussão, troca de e-mails, postagem de trabalhos em blogs e leituras diversas, sempre com a perspectiva de que melhore a sua formação intelectual, cognitiva e afetiva.
À medida que esse processo se dá surge a possibilidade da construção de escritos, de problematizar existências, de questionar a realidade contemporânea de encarar a vida de modos diferentes.
A escola aparece como agente de apoio que luta para que o estudante navegue e compreenda os recursos tecnológicos como caminho, e possibilidade de se enxergar, perceber e sentir a vida frente às características históricas, econômicas, sociais e culturais ligadas ao meio educacional que tenta oferecer formação comprometida com a emancipação social.
Nesse contexto você pode se identificar com: arte, literatura, cultura, amizade e a infinidade de produções científicas ou não postadas nos servidores da internet. Que é um espaço de manifestação de inteligências e saberes, às vezes, mostradas no coletivo. Conforme Lévy (1998, p. 29):
“Inteligência Coletiva” é uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências, sendo sua base e objetivo o reconhecimento e o enriquecimento mútuos das pessoas.
Daí é preciso que se construa uma proposta de educação dirigida especificamente para uma realidade que trate o aprendizado no individual e no coletivo com respeito mútuo a diversidade de sujeitos e de processos produtivos e culturais formadores do movimento educacional não só na zona urbana, pois a zona rural também faz parte do processo.
E o que se quer do estudante em contato com os suportes tecnológicos no meio educacional é que ele coloque em prática a sua curiosidade nesse espaço para futucar e se habilitar para gerenciar sua navegação e romper as barreiras do comodismo e, também, abrir portas para a sua própria inclusão tecnológica e até social.
O espaço tecnológico é para se falar com o mundo numa imensa comunidade, conhecida como “aldeia globalizada” em que todos falam ou podem falar com todos a qualquer momento.
É aí que se encaixa uma definição da LDB, artigo 1º: “a educação é o conjunto de processos formadores que passa pelo trabalho, pela família, pela escola, pelo movimento social. Toda educação escolar terá que vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social”.
Que exige um olhar detalhado para o que acontece ao seu lado. Principalmente no universo tecnológico em que o prolongamento da mão, da mente e da fala está presente na comunicação em qualquer espaço: na fila, na rua, no bar, na escola, no trabalho, na cozinha, no metrô, na balada, na cama ou em qualquer outro lugar.
Portanto, o que se espera é que a andança tecnológica seja a mais suave possível, que a vida do estudante nos ambientes virtuais se enriqueça a cada navegação e cada vez mais se liberte nesse mundo sem fronteiras. Que se faça valer a idéia de que a tecnologia é a mais revolucionária forma de comunicação pessoal da história.
Diante disso, a gestão das tecnologias na escola compreende sistematização do trabalho com o coletivo escolar. Cada sujeito com suas limitações deve se permitir a receber ajuda do colega que domina melhor os recursos tecnológicos.
Como parceiros do processo para consolidação de escola como espaço de oportunidade, a gestão escolar não pode abrir mão do grêmio escolar, dos conselhos da escola e de estudantes ou servidores públicos da escola habilitados e habituados com o bom uso das tecnologias para divulgar o trabalho escolar.
Em conclusão, o que desejo na escola enquanto gestor é o desenvolvimento de um trabalho que a consolide diferenciada e de qualidade, protagonizada e gerida pelos próprios sujeitos, a partir da formação continuada de professores, do diálogo coletivo entre a equipe escolar e do estabelecimento de um currículo diferenciado.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Elementos para um plano nacional de educação do campo. Brasília, v.1, SECAD/MEC, 2004. Disponível em: HTTP://portal.mec.gov.br/secad. Acesso em: 01 de dezembro de 2012.
LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. Trad. Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Loyola, 1998.